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Tomo de Leão

Documento escrito pelo Bispo Leão (440-461 d.C)

1 – Resposta ao desvaria de Eutiques e sua incompreensão das Escrituras:     
II.Eutiques, ignorando o que devia saber acerca da encarnação do Verbo não teve vontade de buscar a luz da inteligência no estudo diligente das escrituras. Devia ter admitido, ao menos, com respeitosa solicitude, a fé comum e universal dos fiéis de todo o mundo que confessam crer EM DEUS PAI TODO-PODEROSO E EM JESUS CRISTO SEU ÚNICO FILHO, NOSSSO SENHOR, QUE NASCCEU DO ESPÍRITO SANTO E DA VIRGEM MARIA. Esses três artigos derrotam as pretensões de qualquer herege. Cremos que Deus é Pai onipotente, ao mesmo tempo Pai e onipotente,,segue-se que vem o Filho coeterno ao Pai, em nada diferente do Pai, porque nasceu Deus de Deus,
onipotente de onipotente, coeterno de coeterno, não lhe sendo posterior no tempo, nem inferior no poder, nem diferente na gloria, nem separado dele na essência. Este mesmo unigênito, filho eterno do Pai eterno, nasceu do Espirito Santo e da Virgem Maria. Seu nascimento no tempo, entretanto, nada tirou e nada acrescentou a seu nascimento eterno divino, mas se integrou inteiramente para a restauração do homem desviado, a fim de poder vencer a morte e por própria virtude aniquilar o diabo, detentor do poder da morte. Nós nunca poderíamos derrotar o autor da morte, nem pecado pode deter, visto que Ele foi concebido pelo Espírito Santo no ventre da Virgem Maria, cuja virgindade permaneceu intacta tanto em seu nascimento como em sua concepção.... este nascimento, unicamente maravilhoso e maravilhosamente único, não deve ser entendido como se impedisse as propriedades distintivas da espécie[isto é, da humanidade] através de novo modo de criação. Pois é verdade que o espírito Santo deu fertilidade a Virgem, embora a realidade do seu corpo fosse recebida do corpo dela.

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Nota:
                Encontramos a que indício da formação da doutrina mariana. Realmente, na concepção, a virgindade de Maria permaneceu intacta; pois José não teve relações com ela durante a gestação. Mas, no nascimento, houve naturalmente a ruptura vaginal(ou será que houve um nascimento por um parto cesariano?). isto em nada diminui Maria, ou atribui-lhe mácula. Durante o nascimento, deve ter havido sangramento, porque Maria buscou a purificação comum às judias após o parto não circunscrito, especialmente.
                Contrastando com a tendência mariana, essa frase dá-nos excelente reflexão. Onde estavam as doutrinas que  ensinam que Maria era imaculada desde seu nascimento? Se fosse necessário que Maria nascesse imaculada para ser a mãe do prometido Messias, não deveria  a mãe de Maria também nascer sem pecado para gerar sem pecado? Nesta corrente, chegaríamos a mãe Eva – certamente a doutrina mariana não tem lógica. Aqui, nesta frase, temos a confissão de que Maria tinha culpa, embora não tivesse transmitido a Cristo Jesus.



III. Assim, intactas e reunidas em um a pessoa, as propriedades de ambas as naturezas, a majestade assumiu a humildade, a força assumiu a fraqueza, a eternidade assumiu a mortalidade e, para pagar a dívida da nossa condição, a natureza inviolável uniu-se a natureza que pode sofrer. Desta maneira, o único idêntico mediador entre Deus e os homens, homem Jesus Cristo, pôde, como convinha a nossa cura, por um lado, morrer e, por outro, não morrer. O verdadeiro Deus nasceu, pois, em natureza cabal e perfeita de homem verdadeiro, completo nas suas propriedades e completo nas nossas [totus in suis totus in nostris]. Por “nossas”, entenda-se aquelas que o Criador no princípio formou em nós e que assumiu a fim de as restaurar; pois as propriedades que para dentro de nós trouxe o Sedutor ou que, seduzidos, adquirimos por própria conta, não existiram absolutamente no Salvador. O fato de entrar em comunhão com nossas fraquezas não  o fez participar das nossas culpas; tomou a forma de servo e não a mácula do pecado, enobrecendo as qualidades humanas sem diminuir as divinas. Assim, “esvaziando-se a si mesmo”, o invisível se tornou visível, o Criador e Senhor de todas as coisas se fez mortal, não por alguma deficiência de poder, mas por condescendência de piedade.. quem, sem perder a forma divina, pode criar o homem, também pôde fazer-se homem em forma de servo. Cada natureza guarda suas próprias características sem qualquer diminuição de tal maneira que a forma de servo não reduz a forma de Deus.

     O diabo alardeava que, seduzido pela sua astucia, o homem estava privado dos dons divinos, despojado do dom da imortalidade, implacavelmente condenado a morte, tendo encontrado, neste companheiro de pecado, certa consolação de sua morte. Jactava-se também de que, por causa da justiça que exigia, Deus teve de mudar seu plano com respeito ao homem, cria com tanta distinção, pois precisou de nova dispensação para levar a cabo seus ocultos desígnios; de que o Deus imutável, cuja vontade não pode ser privada de sua própria misericórdia, só pôde realizar o plano original de seu amor por nós mediante outro plano mais misterioso, para que este homem, conduzido ao pecado pla fraude maliciosa de Satã, não parecesse contrariando os propósitos de Deus.

     IV.Neste mundo fraco entrou o Filho de Deus. Desceu do seu trono celestial, sem deixar a glória do Pai, e nasceu segundo uma nova ordem, mediante um novo modo de nascimento. Segundo uma nova ordem, visto que invisível em sua própria natureza, se fez visível na nossa e, Ele que é incompreensível, se tornou compreendido; sendo anterior aos tempos, começou a existir no tempo; Senhor do Universo, revestiu-se da forma de servo, ocultando a imensidade de sua excelência; Deus impassível, não se horrorizou de vir a ser carne passível; imortal, não se  recusou as leis da morte. Segundo um novo modo de nascimento, visto que a virgindade, desconhecendo qualquer concupiscência, concedeu-lhe a matéria de sua carne. O Senhor tomou, da mãe, a natureza, não a culpa. Jesus Cristo nasceu do ventre de uma virgem, mediante um nascimento maravilhoso, O fato de o corpo Do Senhor nascer portentosamente não impediu a perfeita identidade de sua carne com a nossa, pois Ele que é verdadeiro Deus também é verdadeiro homem. Nesta união não  há mentira nem engano. Correspondem-se numa unidade mútua[sunt invicem] a humildade do homem e a excelsitude de Deus. Por ser misericordioso, Deus[divindade] não se altera; por ser dignificado, o homem[humanidade] não é absorvido. Cada natureza [a de Deus e a de servo] realiza suas próprias funções em comunhão com a outra. O verbo faz o que é própria ao Verbo; a carne faz o que é próprio à carne; um fulgura com milagres; o outro submete-se às injúrias assim como o Verbo não deixa de morar na gloria do Pai, assim a carne não deixa de pertencer ao gênero humano [...] Portanto, não cabe a ambas as naturezas dizerem: ”O Pai é maior do que eu” ou “Eu e o Pai somos um”.  Pois, ainda que em Cristo nosso Senhor haja só uma pessoa: Deus homem, o princípio que comunica a ambas as naturezas as ofensas é distinto do princípio que lhes toma comum a glória.


João 10.30; 14.28 – Contrastando com o quarto anátema de Cirilo.

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